quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

A TESTEMUNHA




Eu já havia visto por ali, até me ofereceram seu bel prazer, mas algo em mim fazia respeita lo.
Por todas as noites e todos os momentos ele estava ali. De olho! A espreita! E eu não dava muita atenção, mas ele me vigiava. Paginas velhas me fizeram ver e entender, entre todas minhas duvidas...
Que eu era uma mera semelhança do passado.
O encaixe, conchinha, já tinha outras historias, as mensagens e telefonemas repentinos, eram o reavivamento do passado, por que seria eu tão igual aquele pássaro? Que droga! Eu tão especial e tão retro ao mesmo tempo...
Aquela testemunha demarcava um território, eu nem sabia que era possível, mas a internet...
Na minha coleção de ALL STAR mora um igual, ninguém de tanta importância, mas outros tão importantes quanto.
Entendi sua brabeza, e sua paixão um minuto depois!
Percebi e entendi seu desespero, porque eu era uma mera semelhança do passado!
Por vezes brincando eu disse - MAIS DO MESMO.

“Quando a gente conversa, contando casos besteiras”.
“Tanta coisa em comum, deixando escapar segredos”. Não era eu ali né Chico?

O menino WILLIAN gritava pra mim –“sou um frio destruidor de corações e vou rasgar o seu em dois”-(you cold be mine- gn`r 1992) chegou a hora de entender.
Li que aquela testemunha vai estar sempre e mais um dia ali. E eu não, porque a fria chuva de novembro tem hora marcada pra acabar. Mesmo tendo seus dias de magoa com dez pedras na mão,
Ontem a Ana ensinou que o querer da distancia era distancia daquela distancia. Era mais era amor, era raiva da distancia, da promessa do volto logo, do tchau que nunca vira oi. Quem sou eu aqui?
Sem licença poética sem métrica nem rima, eu grito que acordei e me vi sozinho e com mais duvidas que antes. Mas agora entendo que não sou um pássaro, e sim um viajante solitário, elas vieram e se foram, escorreram pelo vão de meus dedos por liberdade demasiada.
Não, não era em desabafo e tudo que sua raiva encobriu e eu revivi, pela infelicidade de ser tão igual e tão diferente, e tão inconstante.

Aquela testemunha por vezes me viu entrar e sair, ate me foi oferecido por cúmplice.
Mas eu sabia que aquele numero não era o dela.
São tantas outras semelhanças e gritantes diferenças que meu amigo (café) e meu cúmplice (violão) já gritam por musicas antigas, e antecipam o que vira depois, (Ana e Maria, mais que a mim 9+1).
Apele pálido amigo violão estaria se prostituindo a mim?
Não to bem... Mas vou ficar... Prometo! e prometo cumprir só o que eu prometer.
Por quê? Ele, o violão, falou comigo e me fez ver que as aves são das aves e para os viajantes sobra o acaso. Não existe sorte! Faça seu destino.
Você viu meu chinelo velho lá? Então é porque ela ainda me ama...e um dia... eu volto!!!
E ela sabe disso.


Nilherc Brown ...de a testemunha no canto do quarto.

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