sábado, 15 de janeiro de 2011

Onde foi que eu me perdi?



Onde foi que eu me perdi?
Só morrendo congelado em dias mornos, é que eu posso sentir realmente o que ficou pra traz.
Na verdade não havia lido a metade dos meus textos, saíram naturalmente sei La de onde, talvez ainda haja tanto a escrever que eu nem sei de onde sai tanta coisa orgânica e indecifrável.
Ouvi dizer que conhecidencias não existem como poderia escrever coisas tão pares e singulares ao mesmo tempo?
O que foi que perdi e aonde perdi? No meio dessa bagunça onde ficou meu eu?
Essa multidão de perguntas já me cansa.
Então desisto de procurar respostas, mas deixo um rastro de lagrimas pra encontra meu caminho de volta.
Hoje não tenho mais subterfúgios.
Sem amores de mentira ou ilusões passageiras. Apenas eu e minha alma.
Dias mornos trazem ventos gélidos... Isso explica algo de novidade?
O sol toca o cume do meu castelo, mas não aquece minha mente. Não sei por onde começar a refazer minhas fantasias.
Afogo-me em uma maré de questões sem respostas.
Eu já disse o que tinha pra disser... Mas não senti que te influenciasse.
Então mais uma vez deixei o principal de lado... Eu mesmo!
Gostaria de ter mais respostas do que perguntas, onde poderia transformar minha vida em simplicidade, alem de aqui no seu colo?
Só morrendo congelado em dias mornos, é que eu posso sentir realmente o que ficou pra traz.
Me encontro perdido, tentando entender o acaso.
Mas vejo que sempre é só o agora e o eternamente dura só um segundo.
E só a gratidão tem um preço que pesa de verdade.


Minha humilde resposta.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Sem sol e sem sal...


Sem sol e sem sal, sem nuvens nem chuva.
Onde esta meu paladar? Quem esta ai agora?
Que vinho me entorpeceria? E onde é a fonte dos melhores subterfúgios?

Na chuva fria de novembro, sentado a beira da janela, observo as folhas dançarem ao som do vento, já era madrugada e você dormia, sozinho e sem outra companhia.
Sem o sol pra aquecer meu rosto, sem nuvens pra imaginar os formatos das nossas coisas, que nos faziam rir, só o som da chuva pra refrescar o calor da minha insônia.

Onde estão minhas razões agora? O que seria de mim sem você?
Eu te ensinei algo? Ou você permitiu que a sua sabedoria passasse por mim?
Hoje você esta tão distante... O deserto de gelo já não esta só dentro de mim agora.
E o tempo já não passa mais tão rápido, só teu cheiro vem e vai, pra me fazer lembrar.
Quanto mais eu tive mais eu perdi. É inverno no meu jardim, as borboletas já não passeiam mais por lá.

Sem rima nem métrica, sem motivos, tudo solto ao vento.
As conexões se tornaram obstáculos pra te alcançar.
Sinto frio como sempre. Sei que foi por escolha própria, mas ainda não entendo os motivos que eu mesmo criei.

Gostaria de sentir o gosto do refrigério da minha alma, eternamente... Mais um dia eu percebi que sempre é muito tempo e sempre é mais que o resto da minha vida.
Sempre e mais um dia ou sempre e mais o resto da minha vida?
Quanto seria suficiente para o refrigério da minha alma?



Pelo som da chuva. Capitulo 2. Atrasado, mas corajoso